Declaração de princípios do Coletivo de Arte e Cultura ZUNGÚ ARIFÁ ASÉ
Nasce em 14 de dezembro de 2011, o Coletivo de Arte e Cultura Zungú Arifá Asé.
O Coletivo tem como meta a disseminação, preservação e produção de conteúdo cultural, fundamentado nos princípios da Matriz Africana da oralidade e do Matriarcado, valorizando a figura feminina que representa a Força Geradora no mundo.
Esse Coletivo se levanta por direitos humanos não só para negros, mas para todas as etnias. Repudiamos qualquer forma de preconceito, discriminação ou racismo.
Pregamos a "Sobrevivência Sustentável", pois acreditamos ser possível co-existir pacificamente, nós, seres humanos e o Planeta Terra. Acreditamos ser possível interagir nesse mundo consumista com responsabilidade, controlando a produção de lixo e reaproveitando tudo que o senso comum julga desacartável ou inútil. Inclusive seres Humanos.
O Coletivo não visa a criação, fundação ou filiação de nenhuma seita, religião de de nenhum credo espiritual. Não buscamos a construção de igrejas ou templos. Muito menos estaremos ligados à fundação ou adesão de nenhum partido político. Mas defendemos a liberdade de qualquer Membro Zungú de participar ou defender quaisquer dessas instituições, a partir de seus princípios próprios e não do Coletivo.
Como cidadãos brasileiros, exigimos que as autoridades e a sociedade em geral se voltem para o que pensamos, necessitamos, produzimos.
Não nos sentimos representados na grande mídia. Não nos sentimos representados nas revistas e nos jornais. Não nos sentimos representados pelo Poder Público, nem por nenhuma entidade ou conselho existente. Não reconhecemos esse sistema educacional Eurocentrista estabelecido. Por isso estamos trabalhando. Para construção de um espaço onde possamos ouvir e sermos ouvidos, vermos e sermos vistos.
Não viemos para ser situação e nem oposição. Não viemos para ser carne e nem navalha. Não declaramos guerra e nem morremos de amores por nada do que está estabelecido. Viemos para dar voz ao anônimos, os Heróis do anonimato que travam a batalha de manter algo milenar vivo, ou de dar vida a algo novo.
COLETIVO DE ARTE E CULTURA
"ZUNGÚ ARIFÁ ASÉ"
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